6 curiosidades sobre transporte de carga em São Paulo

09 de junho de 2022

6 curiosidades sobre transporte de carga em São Paulo

O transporte de carga em São Paulo é um dos fatores essenciais de movimentação da economia brasileira. Com números expressivos, a logística se tornou uma atividade fundamental para o estado, sendo responsável por manter aquecido um mercado que envolve dezenas de milhões de pessoas. Por trás dessa história, alguns fatos muito interessantes acabam passando despercebidos.

Confira!

  1. São Paulo é o maior produtor e consumidor da América Latina

Que São Paulo é um território gigantesco e rico para o transporte de cargas, todo mundo sabe. Entretanto, a dimensão desse negócio é, muitas vezes, desconhecida. O fato é que os números são expressivos: no coração do Sudeste, São Paulo é o maior produtor e consumidor de toda a América Latina.

Nesse sentido, boa parte desse mercado produtor escoa por uma complexa malha rodoviária — uma das maiores do país. Um levantamento feito pelo Departamento de Estradas e Rodagem (DER) em 2015, por exemplo, mostra que o estado paulistano possuía 198.995 quilômetros de estradas e rodovias, certamente já tendo ultrapassado os 200 mil quilômetros.

Praticamente todas as cidades do estado estão interconectadas por essa rede de rodovias e estradas, fazendo com que o transporte de cargas assuma um papel de protagonismo na economia da região.

  1. O maior terminal de cargas do Brasil fica em São Paulo

O Terminal de Cargas Fernão Dias é palco para o trabalho de inúmeras empresas do setor logístico, recebendo caminhões de diferentes tipos e de várias regiões do Brasil. O local conta com espaço para seguradoras, agências de carga, restaurantes, lojas em geral, lavanderia, farmácia e diversos outros estabelecimentos.

O que pouca gente sabe, no entanto, é que o local não havia sido planejado inicialmente com o objetivo de funcionar como terminal de carga e descarga. O fato de não haver um estacionamento próprio, por exemplo, está diretamente relacionado a isso.

A localização do terminal, que fica próximo ao bairro Vila Maria, era estratégico para o trânsito entre a capital e o restante do estado, mesmo antes da sua existência. Muitos caminhoneiros paravam na região, mas encontravam problemas para estacionar naquelas ruas apertadas.

Vendo a oportunidade de negócio em torno do grande movimento de empresas de carga, uma empresa decidiu construir um shopping — cujo estacionamento logo se tornou ponto de parada dos caminhoneiros. Pouco tempo depois, o próprio shopping direcionou suas atividades para a logística, transformando-se, então, no atual Terminal de Cargas Fernão Dias.

  1. Algumas das estradas mais perigosas estão em São Paulo

Nem todas as curiosidades são agradáveis, como logo descobrimos ao estudar a história do transporte de carga em São Paulo. Algumas das estradas mais perigosas do mundo, por exemplo, são paulistanas.

A Rodovia Anhanguera, por exemplo, chegou a registrar mais de 100 mortes por ano na última década, liderando as estatísticas de acidentes rodoviários no país. Logo em seguida, temos o trecho paulistano da Rodovia Rio-Santos (BR-101), a Raposo Tavares (SP-270) e a Washington Luiz (SP-310).

Entretanto, os investimentos na modernização dos trechos mais perigosos têm sido significativos, trazendo consigo alguns resultados positivos.

  1. A melhor rodovia também é paulistana

A Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) é considerada a melhor do país, liderando o ranking da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Seu longo trajeto, que liga a cidade de São Paulo a Limeira, no interior do estado, é considerado vantajoso devido à qualidade do asfalto e à grande quantidade de faixas.

Além da Rodovia dos Bandeirantes, outras que se destacam são a Dom Pedro I (SP-065) e a Campinas-Jacareí (SP-340). O transporte de carga em São Paulo, nesse sentido, é tanto um motivador quanto beneficiário do sistema.

Não é à toa que o Governo do Estado de São Paulo chegou a registrar queda nos números de acidentes no levantamento feito em 2017.

  1. O Porto de Santos é destino internacional

O Porto de Santos é o maior e mais movimentado complexo portuário da América Latina, sendo destino de muitos dos operadores de transporte logístico de todo o mundo. Nesse sentido, tanto a chegada quanto a saída de mercadorias da cidade praiana dependem em grande parte do sistema de rodovias paulistano.

São cerca de 70 quilômetros separando Santos da capital paulista, algo que amplifica o potencial mercantil da região. Entretanto, como mencionamos anteriormente, a estrada que leva ao Rio de Janeiro, por sua vez, não é das preferidas.

Um dos maiores projetos de infraestrutura do país, no entanto, tem ocorrido na região, como mostraremos a seguir.

  1. Os túneis do complexo Anchieta-Imigrantes são uma experiência à parte

A cadeia de montanhas que separa o interior paulista do seu litoral, também conhecida como Serra do Mar, foi por muito tempo um grande obstáculo para o deslocamento entre as regiões. Com estradas consideradas muito perigosas, como a da região de Taubaté, o transporte de carga em São Paulo enfrentou décadas de desafios antes de vislumbrar um cenário mais positivo.

Hoje, no entanto, a situação é bem diferente. Com um grande projeto de desenvolvimento e constante ampliação do complexo Anchieta-Imigrantes, o deslocamento entre o litoral sul e o restante do estado se tornou símbolo de eficiência.

O que pouca gente sabe, mesmo quem passa eventualmente pela região, é que isso não é resultado simplesmente de obras gigantescas ao longo dos famosos túneis litorâneos. A própria gestão do complexo rodoviário tem um papel importante a ser destacado.

Com uma estratégia de interrupção e desvio de tráfego, ambas as rodovias se complementam no escoamento de veículos em ambas as direções. Se você vai em direção ao Porto de Santos em dias de trânsito intenso, como vésperas de feriado, é bem possível que encontre o sentido capital praticamente interrompido.

Assim, a administradora foca o máximo dos seus recursos na direção litoral. Na volta, por sua vez, você pode encontrar boa parte de ambas as rodovias no sentido inverso, favorecendo um retorno mais rápido.

Por mais que o trânsito continue complicado em momentos de pico, dado que são milhões de pessoas ocupando a malha rodoviária, os túneis do litoral passaram a ser sinal de uma boa experiência no uso otimizado das vias paulistanas.