18 de janeiro de 2023
FORA DA CHINA: 5 Países para os quais as fábricas estão se mudando
- Tailândia
Segunda maior economia do sudeste asiático, o país tem atraído corporações de segmentos como autopeças, veículos e eletrônicos. Sony e Sharp são algumas das marcas que já estão por lá, a primeira desde 2019, quando retirou a produção de smartphones de Pequim. Os investimentos estrangeiros na Tailândia triplicaram entre 2020 e 2021, após a chegada até mesmo de algumas indústrias chinesas em busca de custos mais baixos, como a JinkoSolar, que produz painéis solares.
- Malásia
Outro destino dos fornecedores de chips e demais suprimentos que estão deixando a China, a Malásia atraiu mais de 30 projetos desde 2018, especialmente na área de tecnologia. Custos trabalhistas mais baixos e a tensão comercial entre EUA e China foram os principais motivadores. Entre as empresas que chegaram, vale destacar as americanas Micron, fabricante de processadores e outros produtos de informática, e Jabil, que atende clientes como Apple, Dell e HP, entre outras grandes marcas.
- Vietnã
O país que passou por uma grande reforma econômica nos anos 1980 se tornou um dos destinos mais procurados pelos fornecedores. Somente em 2021, foram mais de US$ 31 bilhões em promessas de investimentos estrangeiros, a maior parte nos setores de manufatura e processamento. A fabricação de roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos é o ponto forte da cadeia de suprimentos do Vietnã. A Apple transferiu parte da produção do iPhone para lá e pensa em levar também a montagem do MacBook.
- Bangladesh
Segundo maior exportador de vestuário do mundo, Bangladesh tem chamado a atenção das indústrias do setor. Um dos atrativos é o salário médio dos trabalhadores locais, quase cinco vezes menor do que o recebido pelos funcionários das indústrias chinesas, diminuindo os custos. Forte na área de fabricação de roupas, o país agora quer expandir suas ações para mais segmentos. Uma das ideias é atrair investimentos para cadeias de produção que atendem às indústrias agrícola e farmacêutica.
- Índia
Diante da enorme quantidade de mão de obra disponível, o mercado indiano é a principal alternativa para as marcas que querem deixar a China. Aliado a isso, o governo local tem desenvolvido políticas para facilitar a chegada dos investimentos do exterior, saindo na frente da concorrência. A Índia já recebe, por exemplo, parte da produção do iPhone, e a tendência é de que a Apple esteja ainda mais presente no território indiano nos próximos anos, com cerca de 25% dos iPhones vendidos globalmente saindo de lá. O iPad é outro dispositivo da Maçã que também deve começar a ser produzido em fábricas indianas.